quinta-feira, 9 de agosto de 2007

Agosto Desgosto


A superstição é filha do medo. 0 homem primitivo não tinha respostas para suas indagações. Por que existiam o Sol, a Lua, as Estrelas, o Raio, o Trovão, a Noite, as Tempestades? Por quê?Morando na sua caverna, o homem criou, dentro de si, o medo, o respeito, a adoração por todos os fenômenos naturais para os quais não tinha uma explicação. Talvez muitas religiões tenham nascido desse medo, desse respeito e dessa adoração que dominaram o homem durante muitos séculos.A caverna era sua casa. Dentro dela o homem primitivo se sentia seguro contra a ferocidade dos animais selvagens, contra o mistério dos travões, dos raios, das chuvas. Passou, então, não somente a observar os fenômenos naturais como também a viver em função deles, à sua sombra, temendo-os, respeitando-os, adorando-os, por medo.Foram surgindo, assim, as primeiras superstições, superstições que atravessaram os séculos nas asas do tempo e que ainda hoje estão entre todos os povos, vestidas das formas e das manifestações mais surpreendentes, fazendo parte do mundo simbólico do homem civilizado, convivendo, lado a lado, com a magia e a religião, fazendo, por sua própria essência, com que todas as coisas vivam em torno do homem, quer sejam montes, pedras, árvores, quer sejam rios, plantas ou animais.

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