quinta-feira, 22 de novembro de 2007

Madre Joana Angélica


Em fevereiro de 1822, num clima de insatisfação popular com o domínio português, um grupo de soldados bêbados tenta invadir o convento franciscano da Lapa, em Salvador. A Madre Joana Angélica resiste ao assédio colocando seu próprio corpo como obstáculo e é assassinada à porta do convento. Com esse gesto, tornou-se mártir da Independência brasileira e passou a ser reverenciada pelo povo baiano nos desfiles do 2 de julho.
Até os dias atuais, muitos historiadores discutem os verdadeiros motivos da Madre colocar-se à frente do convento, estaria comprometida com ideais políticos ou apenas queria defender a entrada da clausura devido a sua formação religiosa? Se seus ideiais eram políticos, aqui não importa, o que faz a diferença é que seu ato de heroísmo, quando os soldados portugueses sob o pretexto de haver patriotas escondidos no convento, derrubaram a porta a golpes de machado e a Madre teve seu peito trespassado de baionetas, esvaindo-se em sangue e levada para um sofá de palhinha (que ainda pode ser visto até os dias de hoje no mesmo local), faleceu pouco depois, impendindo assim que os soldados desse continuidade aos seus atos de brutalidade contra as outras irmãs que conviviam naquele convento, assim ela fez a diferença.

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