segunda-feira, 7 de janeiro de 2008

Mandioca

Muita gente desconhece o uso desta raiz, muitos a confudem com o aipim, mas são bem diferentes. A mandioca, a raiz da planta, venenosa quando crua, tornou-se a base alimentar de todos os povos que viviam nos territórios da vertente oriental dos Andes, sobretudo pela facilidade de conservação. A raiz da mandioca pode ser utilizada entre seis e dezoito meses após o plantio e sua farinha também dura muito tempo. Vários mitos explicavam o cultivo da mandioca. Um deles, originário da América Central, dizia que "Sumé" ou "Tumé", um homem branco e poderoso que andava sobre as águas e deixava rastros em pedras, certa vez partiu seu bastão e enterrou um pedaço, dando assim origem à planta – a mandioca não é semeada, e seu cultivo se faz enfiando na terra um pedaço de seu talo. Um outro mito, da tradição tupi, diz que a filha de um chefe engravidou virgem; nasceu uma menina, chamada Mani, que morreu após um ano; de seu túmulo surgiu um arbusto desconhecido e pouco depois a terra se abriu, exibindo as raízes da mandioca. O nome viria de Mani-oca, a casa de Mani. O principal produto da mandioca era a farinha seca, farinha de guerra, farinha de pau, uí-atã, para os tupis. Usado ainda hoje, o processo assemelha-se àquele referido pela tradição: a mandioca era descascada e ralada, com o auxílio de instrumentos feitos de espinhos, dentes de animais, cascas de ostras; a massa, ainda úmida, era espremida com auxílio do tipiti (um tipo de prensa de palha), extraindo-se desse modo todo o caldo, o venenoso ácido cianídrico. A massa seca era em seguida levada ao fogo, em grandes vasilhas rasas e redondas. Depois disso, ficava pronta a farinha. Outros produtos feitos a partir da mandioca eram a tapioca, o beiju, a manipueira etc.

1 Comment:

Adriana said...

Adoooro tapioca!!! Rsrsrs....

Beijos, Baby!!! :-)