terça-feira, 8 de janeiro de 2008

Túmulo de Herodes



A Universidade Hebraica de Jerusalém anunciou a primeira grande descoberta arqueológica deste século: o túmulo de Herodes, que governou a Judeia sob ocupação romana e assinalado no Novo Testamento como o responsável pela Massacre dos Inocentes. O professor israelita Ehud Netzer, responsável pela equipa de arqueólogos envolvida nestas escavações, assinalou, contudo, que não havia ossos dentro do sarcófago. O achado arqueológico teve lugar na região conhecida como Herodium, não muito distante de Jerusalém. O túmulo de Herodes era há muitos anos um dos tesouros arqueológicos mais disputados na região. Após mais de 30 anos de investigações, a equipa de Ehud Netzer encontrou finalmente a estrutura fúnebre no topo de um monte entre dois palácios.Em declarações públicas, Ehud Netzer, que tem assinalado escavações regulares na região desde 1972, confirmou a extrema felicidade que sentiu no momento do achado. "Todos sentem um grande interesse pela Terra Prometida e o túmulo de Herodes faz parte dessa história", afirmou à BBC. A descoberta partiu da localização de uma antiga escada construída para a procissão fúnebre do rei, detalhadamente descrita há cerca de dois mil anos por um historiador romano. Finalmente localizada, a escada conduziu rapidamente a equipa de arqueólogos à descoberta. No local foi encontrado um sarcófago em calcário, completamente destruído. Nas suas medidas originais, o sarcófago teria cerca de dois metros e meio de comprimento. O estudo detalhado do achado revelou a ausência de ossos, pensando o professor Netzer que os restos mortais de Herodes terão sido retirados do túmulo, algures entre os anos 66 e 72 d.C, por rebeldes judeus que lutavam contra a ocupação romana. Uma das razões pelas quais a descoberta do túmulo de Herodes esteve tanto tempo fora do alcance dos arqueólogos deve-se a uma suposição de que a sua localização estivesse, algures, num outro complexo palaciano construído a meio do deserto. O achado revelou, afinal, outro destino final para o rei.
Fonte: Diário de notícias

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