sábado, 2 de maio de 2009

Breve história do trabalho



A luta entre os patrões (capitalistas) e os operários (proletariado) é uma situação que sempre esteve presente na história da humanidade. Desde períodos anteriores à Revolução Industrial que ocorreu por volta de 1830, os operários já sofriam com uma prestação de serviços dita livre, mas que na realidade era totalmente subjugada pelos senhores detentores dos meios de produção. Também encontramos na história sobre a construção do templo de Salomão, um ícone que representa muito bem o trabalho e a lei de salários, onde alguns pretendem ganhar mais do que seu trabalho vale, na nossa atualidade muito bem representado pelos nossos políticos, leiam com atenção.

Quando o rei Salomão mandou construir o templo; pediu a Hiram, (o rei de uma região chamada Tiro), que lhe enviasse o seu melhor artífice, e este enviou Hiram Abif. O Rei Salomão ao admirar a habilidade e maestria com que o artífice realizava obras em bronze e outros trabalhos metalúrgicos, acabou por lhe confiar a chefia de seus planos para a construção do Templo. Este artífice/arquiteto, para facilitar e por ordem nos trabalhos de construção, dividiu os trabalhadores segundo suas habilidades, e como era grande o número deles, a fim de reconhecê-los, quer para empregá-los segundo seus méritos e habilidades, quer para remunerá-Ios segundo seu trabalho e sua especialização; dividiu os trabalhadores em três categorias: Aprendizes, Companheiros e Mestres, para tanto, deu a cada categoria de aprendizes, de companheiros e aos mestres palavras de passe e senhas particulares. Ocorreu no entanto que três trabalhadores (que em algumas narrativas são denominados respectivamente de Jubelo, Jubela e Jubelum) que estavam na categoria de companheiros, vendo que a construção estava quase sendo concluída, quiseram usurpar a posição de mestres, sem o devido merecimento; e puseram-se de emboscada nas três portas principais do templo, e quando Hiram se apresentou para sair, um dos companheiros pediu-lhe a palavra de ordem dos mestres, ameaçando-o com sua régua. Hiram lhe respondeu: "Não foi assim que recebi a palavra que me pedis." O companheiro furioso bateu em Hiram com sua régua fazendo-lhe uma primeira ferida. Hiram correu a uma outra porta, onde encontrou o segundo companheiro; mesma pergunta, a mesma resposta, e esta vez Hiram foi ferido com um esquadro, (dizem outros com uma alavanca). Na terceira porta estava o terceiro assassino que abateu o mestre com uma machadinha.
Estes três companheiros esconderam em seguida o cadáver sob um montão de entulhos e escombros da construção do templo, depois arrastam o corpo para fora da cidade, enterrando-o numa colina e plantaram sobre este túmulo improvisado um ramo de acácia. Salomão e o rei Hirão, porém, não vendo regressar seu artífice/arquiteto, despachou nove trabalhadores da classe de mestres para procurá-lo; sendo que o ramo de acácia recém plantado na colina do Monte Moriá lhes revelou onde estava o cadáver, eles o tiraram de sob os escombros e como lá havia ficado bastante tempo, eles exclamaram, levantando-o: “Mach Benach” o que significa: a carne solta-se dos ossos. A Hiram Abif foram prestadas as últimas honras, mandando depois Salomão 27 mestres à caça dos assassinos. O primeiro assassino foi surpreendido numa caverna: perto dele ardia uma lâmpada, corria um regato a seus pés e para sua defesa achava-se a seu lado um punhal. O mestre que penetrou na caverna e reconheceu o assassino, tomou o punhal e feriu-o gritando: Nekun palavra que quer dizer “vingança”; sua cabeça foi levada a Salomão que estremeceu ao vê-la e disse ao que tinha assassinado: "Desgraçado, não sabias tu que eu me reservava o direito de punir?" Então todos os mestres se ajoelharam e pediram perdão para aquele cujo zelo o levara tão longe. O segundo assassino foi traído por um homem que lhe dera asilo; ele se escondera num rochedo perto de um espinheiro ardente, sobre o qual brilhava um arco-íris; ao seu lado achava-se deitado um cão cuja vigilância os mestres enganaram; pegaram o criminoso, amarraram-no e o conduziram-no a Jerusalém onde sofreu o último suplício. O terceiro foi morto por um leão que foi preciso vencer para apoderar-se do cadáver; outras versões dizem que ele se defendeu a machadadas contra os mestres que chegaram enfim a desarmá-lo e o levaram a Salomão que lhe fez expiar seu crime.

É importante ressaltar que a palavra “trabalho” não adveio com o início da prestação de serviços, mas que, foi somente por volta do século XI que passou a ser assim denominado o oferecimento da força pessoal de uma pessoa em favor de uma outra. A palavra “trabalho” tem uma conotação negativa ou depreciativa, significando, nos primórdios dos tempos a dificuldade em viver, ou mesmo de sobreviver, pois tudo o que é difícil de ser alcançado, é denominado de “trabalhoso”. No início o termo “trabalho” era usado para indicar as obras e tarefas humildes dos homens e mulheres que daí retiravam qualquer proveito.

Fonte: http://www.observatoriosocial.org.br

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